Chumbador J (Tipo J): Especificações Técnicas, Instalação e Aplicações [2025]

Especificação técnica completa de chumbadores tipo J: dimensões padronizadas, capacidade de carga por diâmetro, procedimentos de instalação, comprimento de ancoragem, diferenças entre tipos J/L/U e aplicações em bases de pilares e equipamentos industriais.

Chumbador J (Tipo J): Especificações Técnicas e Aplicações

Chumbadores tipo J (também chamados de ganchos J ou chumbadores em J) são elementos de ancoragem em forma de gancho utilizados para fixar estruturas metálicas, equipamentos industriais e elementos estruturais em bases de concreto. O formato em "J" proporciona excelente resistência ao arrancamento por meio de ancoragem mecânica.

Este guia técnico aborda dimensionamento, instalação, cálculo de capacidade de carga e especificação conforme normas brasileiras (ABNT NBR 6118, NBR 8800) e internacionais.

O Que é um Chumbador Tipo J?

Chumbador J é uma barra de aço dobrada em formato de gancho (letra "J"), embutida em concreto durante a concretagem ou instalada posteriormente em furos. A extremidade curva (gancho) proporciona ancoragem mecânica, enquanto a extremidade roscada recebe porca para fixação da estrutura.

Componentes do Chumbador J

        ┌─── Extremidade Roscada (M12, M16, M20, M24...)
        │    + Rosca para porca e arruela
        │
        ▼
    ═══╗
       ║  ← Haste Reta (comprimento variável)
       ║     Material: Aço CA-50 ou ASTM A36
       ║
       ║
       ╚═══╗
           ╚═══ ← Gancho 90° ou 180°
                  (ancoragem mecânica no concreto)

Elementos Principais:

  1. Extremidade roscada: M12 a M36 (métrica) ou 1/2" a 1-1/2" (imperial)
  2. Haste reta: Comprimento de ancoragem calculado
  3. Gancho (dobra): 90° ou 180° com raio mínimo 3× diâmetro
  4. Comprimento de gancho: Mínimo 12× diâmetro da barra

Tipos de Chumbadores por Geometria

Tipo Formato Ancoragem Aplicação Típica
Tipo J (Gancho J) Gancho 90° Mecânica (gancho) Mais comum - pilares, equipamentos
Tipo L Dobra 90° sem gancho Comprimento de ancoragem Lajes, paredes
Tipo U Grampo U Dupla (dois lados) Fixação de tubos, cabos
Reto Roscado Sem dobra Comprimento + adesivo Instalação posterior

Por Que Tipo J é Mais Usado:

  • ✅ Ancoragem mecânica superior (gancho)
  • ✅ Menor comprimento de embutimento necessário
  • ✅ Resistência ao arrancamento garantida
  • ✅ Fácil instalação durante concretagem
  • ✅ Não depende apenas de aderência

Materiais e Propriedades Mecânicas

Aço CA-50 (Aço para Concreto Armado)

Material Mais Comum no Brasil:

  • Norma: ABNT NBR 7480:2007
  • Resistência característica (fyk): 500 MPa
  • Limite de escoamento: 500 MPa
  • Alongamento: 8% mínimo

Vantagens:

  • Custo reduzido
  • Ampla disponibilidade
  • Adequado para maioria das aplicações
  • Boa soldabilidade

Aplicações:

  • Bases de pilares metálicos em edifícios
  • Equipamentos industriais leves a médios
  • Estruturas em ambientes internos

Aço ASTM A36 (Aço Estrutural)

Para Aplicações Mais Exigentes:

  • Resistência ao escoamento: 250 MPa
  • Resistência à tração: 400-550 MPa
  • Alongamento: 20% mínimo

Vantagens:

  • Maior ductilidade (20% vs 8% do CA-50)
  • Melhor comportamento sísmico
  • Conformação facilitada (dobra)

Aplicações:

  • Estruturas em zonas sísmicas
  • Equipamentos pesados com cargas dinâmicas
  • Aplicações com requisitos de ductilidade

Aço Inoxidável AISI 304/316

Para Ambientes Agressivos:

  • Resistência à tração: 500-700 MPa
  • Resistência à corrosão superior

Aplicações:

  • Ambientes marinhos e costeiros
  • Indústria química e petroquímica
  • Equipamentos em áreas com umidade elevada
  • Estruturas externas sem proteção

Custo:

  • 5-8× superior ao CA-50
  • Justificado apenas em ambientes corrosivos

Tratamentos Superficiais

Tratamento Proteção Durabilidade Aplicação
Sem tratamento (preto) Nenhuma <1 ano (exposição) Embutido em concreto
Zincado eletrolítico Moderada 5-10 anos (interno) Ambientes internos
Galvanizado a fogo Alta 20-40 anos Exposição externa
Epóxi Química Variável Ambientes químicos

Importante: Chumbadores embutidos em concreto (não expostos) geralmente não necessitam tratamento superficial, pois o concreto proporciona proteção alcalina.

Dimensões Padronizadas

Tabela de Dimensões Típicas

Diâmetro Rosca Diâmetro Barra Compr. Ancoragem Mín. Compr. Gancho Mín. Raio Dobra Mín. Carga Tração (CA-50)*
M12 Ø12 mm 240 mm (20d) 150 mm (12d) 36 mm (3d) 45 kN
M16 Ø16 mm 320 mm (20d) 200 mm (12d) 48 mm (3d) 80 kN
M20 Ø20 mm 400 mm (20d) 240 mm (12d) 60 mm (3d) 125 kN
M24 Ø24 mm 480 mm (20d) 300 mm (12d) 72 mm (3d) 180 kN
M30 Ø30 mm 600 mm (20d) 360 mm (12d) 90 mm (3d) 280 kN

*Valores de referência para aço CA-50, fck concreto 25 MPa, sem fatores de segurança.

Nomenclatura:

  • d: Diâmetro da barra
  • Comprimento de ancoragem (lb): Mínimo 20d (pode variar conforme cálculo)
  • Comprimento de gancho: Mínimo 12d
  • Raio de dobra: Mínimo 3d (CA-50), preferível 5d

Comprimento Total do Chumbador

Cálculo:

L_total = L_embutimento + L_exposição + L_rosca

Onde:
- L_embutimento: Comprimento de ancoragem (lb) + gancho
- L_exposição: Altura da base/chapa (50-100 mm típico)
- L_rosca: 2× diâmetro rosca + 10 mm (porca + folga)

Exemplo Prático:

Chumbador M20 para base de pilar:
- Comprimento ancoragem: 400 mm (20d)
- Comprimento gancho: 240 mm (12d)
- Espessura base: 80 mm
- Rosca útil: 50 mm

L_total = 400 + 240 + 80 + 50 = 770 mm
Especificar: Chumbador J Ø20 × 800 mm (arredondar para cima)

Cálculo de Capacidade de Carga

Resistência ao Arrancamento (Tração)

A resistência de um chumbador J depende de 3 modos de falha:

1. Escoamento do Aço

Resistência da barra:

N_Rd,s = (A_s × f_yk) / γ_s

Onde:
- A_s: Área da seção transversal da barra (mm²)
- f_yk: Resistência característica do aço (MPa)
- γ_s: Coeficiente de segurança do aço (1,15)

Exemplo (CA-50, Ø20):

A_s = π × (20/2)² = 314 mm²
f_yk = 500 MPa
γ_s = 1,15

N_Rd,s = (314 × 500) / 1,15 = 136.500 N = 136,5 kN

2. Arrancamento do Concreto (Cone de Ruptura)

Área efetiva do cone:

A_c = π × (lb + d/2)²

Onde:
- lb: Comprimento de ancoragem
- d: Diâmetro da barra

Resistência do cone:

N_Rd,c = (A_c × 0,85 × √f_ck) / γ_c

Onde:
- f_ck: Resistência característica do concreto (MPa)
- γ_c: Coeficiente de segurança concreto (1,4)

3. Falha do Gancho (Ancoragem Mecânica)

Pressão de contato no gancho:

  • Depende do raio de dobra e comprimento do gancho
  • Gancho mínimo 12d garante transferência adequada

Resistência Limitante: A resistência de projeto é o MENOR dos três valores acima.

Resistência ao Cisalhamento

Cisalhamento na barra:

V_Rd = (0,6 × A_s × f_yk) / γ_s

Importante: Chumbadores J têm resistência ao cisalhamento limitada. Para cargas de cisalhamento elevadas:

  • Aumentar diâmetro
  • Aumentar quantidade de chumbadores
  • Usar chapa de base com chave de cisalhamento

Fatores de Segurança

ABNT NBR 6118:

  • Escoamento do aço: γ_s = 1,15
  • Concreto: γ_c = 1,4

Cargas Variáveis (Sismos, Vento):

  • Aplicar fator adicional 1,2-1,5

Instalação de Chumbadores Tipo J

Método 1: Instalação Durante Concretagem (Preferencial)

Procedimento:

  1. Preparação:

    • Dobrar barra conforme projeto (raio mínimo 3d)
    • Limpar rosca e aplicar proteção temporária (fita, graxa)
    • Preparar gabarito de posicionamento
  2. Posicionamento:

    • Fixar chumbadores no gabarito metálico
    • Verificar prumo e espaçamento (±2 mm)
    • Verificar cota de topo (±5 mm)
    • Apoiar gabarito em madeira ou metálico
  3. Concretagem:

    • Concretar em camadas de 30 cm
    • Vibrar adequadamente (evitar segregação)
    • Não vibrar diretamente no chumbador (pode deslocar)
    • Verificar posicionamento após cada camada
  4. Cura:

    • Manter concreto úmido por 7 dias mínimo
    • Proteger roscas da umidade
    • Aguardar resistência mínima (14 dias, fck > 20 MPa)
  5. Finalização:

    • Remover gabarito após 24h
    • Limpar roscas com escova de aço
    • Aplicar graxa protetora se não instalar imediatamente

Vantagens:

  • Melhor aderência e ancoragem
  • Custo reduzido
  • Confiabilidade superior
  • Controle de qualidade facilitado

Limitações:

  • Requer planejamento prévio
  • Dificulta correções posteriores
  • Dependente de precisão na concretagem

Método 2: Instalação Posterior (Furação)

Quando Usar:

  • Estrutura existente (retrofit)
  • Esquecimento durante concretagem
  • Ajustes de posição

Procedimento:

  1. Marcação e Furação:

    • Marcar posição dos furos
    • Verificar ausência de armadura (detector)
    • Furar com diâmetro 1,5-2× diâmetro barra
    • Profundidade = comprimento ancoragem + 50 mm
  2. Limpeza do Furo:

    • Remover pó com soprador (ar comprimido)
    • Escovar paredes do furo
    • Soprar novamente até limpeza completa
  3. Ancoragem com Resina Epóxi:

    • Escolher resina estrutural (alta resistência)
    • Injetar resina no fundo do furo (bisnaga ou bomba)
    • Inserir chumbador lentamente (girar para distribuir)
    • Manter prumo até cura inicial (30-60 min)
  4. Cura e Teste:

    • Aguardar cura completa (24-48h conforme fabricante)
    • Testar com torque leve (não aplicar carga total)
    • Aguardar 7 dias para carga plena

Desvantagens:

  • Custo 3-5× superior ao embutido
  • Resistência dependente de resina
  • Dificulta inspeção futura
  • Requer mão de obra especializada

Aplicações Industriais

1. Bases de Pilares Metálicos

Configuração Típica:

  • 4 a 8 chumbadores por pilar
  • Diâmetro: M16 a M30
  • Disposição simétrica em chapa de base
  • Aperto com torque controlado

Cálculo Simplificado:

Número mínimo de chumbadores = 4
Carga por chumbador = (M / d_max) / N + (P / N)

Onde:
- M: Momento fletor na base (kN·m)
- d_max: Distância máxima chumbador ao eixo neutro (m)
- P: Carga axial de tração (kN)
- N: Número de chumbadores

2. Equipamentos Industriais

Aplicações:

  • Bases de compressores e bombas
  • Suportes de transportadores
  • Torres de resfriamento
  • Tanques e silos

Especificação:

  • Chumbadores J Ø20-M24 (comum)
  • Comprimento ancoragem ≥ 500 mm
  • Tratamento: Galvanizado (ambientes úmidos)

3. Estruturas de Cobertura

Ligações:

  • Bases de terças metálicas
  • Apoios de treliças
  • Ancoragem de brises e elementos arquitetônicos

Cuidados:

  • Proteção contra corrosão (exposição)
  • Isolamento térmico (dilatação diferencial)
  • Inspeção periódica

4. Equipamentos de Energia

Aplicações:

  • Bases de transformadores
  • Suportes de painéis solares (estruturas tracker)
  • Torres eólicas (pequeno porte)
  • Geradores diesel

Requisitos:

  • Cargas dinâmicas (vibração)
  • Cálculo de fadiga
  • Inspeção rigorosa

Inspeção e Controle de Qualidade

Inspeção Antes da Concretagem

Checklist:

  • Diâmetro e comprimento conforme projeto
  • Raio de dobra ≥ 3d (verificar com gabarito)
  • Comprimento de gancho ≥ 12d
  • Rosca limpa e protegida
  • Posicionamento no gabarito ±2 mm
  • Prumo vertical verificado
  • Cota de topo ±5 mm
  • Gabarito fixado rigidamente

Inspeção Pós-Concretagem

Verificações:

  • Posição final ±5 mm (XY), ±10 mm (Z)
  • Prumo ±1° (inclinação máxima)
  • Rosca saliente: mínimo 2× diâmetro + 10 mm
  • Ausência de danos visíveis
  • Limpeza da rosca (sem concreto aderido)

Teste de Torque (Não Destrutivo):

  • Aplicar 50% do torque de projeto
  • Verificar ausência de rotação
  • Marcar com tinta (verificação visual)

Teste de Carga (Destrutivo - Amostragem):

  • Realizar em 5-10% dos chumbadores (amostragem)
  • Aplicar carga até 1,5× carga de projeto
  • Medir deslocamento (limite 2 mm)
  • Critério de aprovação: sem ruptura, deslocamento < limite

Inspeção Periódica (Manutenção)

Frequência:

  • Inicial: 6 meses após instalação
  • Regular: Anual para estruturas gerais
  • Crítica: Semestral para equipamentos dinâmicos

Checklist:

  • Inspeção visual de corrosão
  • Verificação de marcas de tinta (rotação não intencional)
  • Teste de torque (reaplicar se perda >10%)
  • Verificação de fissuras no concreto adjacente
  • Limpeza e relubrificação da rosca

FAQ - Perguntas Frequentes

1. Qual a diferença entre chumbador J, L e U?

Chumbador J (Gancho J):

  • Gancho 90° em uma extremidade
  • Melhor ancoragem mecânica (gancho trava no concreto)
  • Mais comum em bases de pilares e equipamentos

Chumbador L:

  • Dobra 90° sem gancho
  • Ancoragem por comprimento + dobra
  • Menos eficiente que tipo J

Chumbador U (Grampo):

  • Formato "U" (dois lados)
  • Usado para fixação de tubos, cabos
  • Não é para ancoragem estrutural (carga baixa)

2. Posso usar chumbador reto em vez de tipo J?

Depende:

Chumbador J (preferível se):

  • Instalação durante concretagem
  • Cargas elevadas (>50 kN)
  • Maior confiabilidade requerida

Chumbador Reto + Resina (aceitável se):

  • Instalação posterior obrigatória
  • Cargas moderadas (<50 kN)
  • Profundidade de ancoragem suficiente (≥20d)

Importante: Chumbador J tem ancoragem mecânica superior ao reto (que depende apenas de aderência).

3. Qual o comprimento mínimo de ancoragem?

ABNT NBR 6118:

  • Mínimo absoluto: 20× diâmetro (20d)
  • Recomendado: 25d para cargas elevadas

Fatores que Aumentam Comprimento:

  • Concreto de baixa resistência (fck < 20 MPa)
  • Cargas dinâmicas ou sísmicas
  • Ausência de gancho (chumbador reto)
  • Ambiente agressivo

Exemplo:

  • Chumbador Ø20: lb,mín = 20 × 20 = 400 mm
  • Recomendado: 500 mm (25d)

4. Posso soldar na rosca do chumbador?

NÃO RECOMENDADO!

Problemas:

  • Aquecimento degrada propriedades mecânicas
  • Fragilização da zona termicamente afetada
  • Perda de resistência à fadiga
  • Trincas invisíveis

Alternativas:

  • Soldar antes da usinagem da rosca
  • Usar porcas soldadas (weld nuts) na chapa de base
  • Especificar chumbador com haste lisa para solda + rosca separada

5. Como proteger chumbadores contra corrosão?

Chumbadores Embutidos:

  • Concreto proporciona proteção alcalina
  • Não necessita tratamento se totalmente embutido
  • Cobrir rosca exposta com graxa protetora

Chumbadores Expostos:

  • Zincado eletrolítico: Ambientes internos (5-10 anos)
  • Galvanizado a fogo: Ambientes externos (20-40 anos)
  • Inox 316: Ambientes marinhos/químicos (50+ anos)
  • Pintura epóxi: Proteção adicional

Manutenção:

  • Limpeza anual com água + escova
  • Reaplicar graxa protetora
  • Inspeção visual de oxidação

6. Chumbador J suporta carga de cisalhamento?

SIM, mas limitadamente.

Resistência ao cisalhamento:

  • ~60% da resistência à tração
  • Depende de ajuste da chapa de base no concreto

Para Cargas Elevadas de Cisalhamento:

  • Aumentar diâmetro do chumbador
  • Usar chapa de base com chave de cisalhamento (stub)
  • Aplicar argamassa de alta resistência (grout) entre chapa e concreto
  • Considerar parafusos estruturais A325 em ancoragem mista

7. Posso reutilizar chumbador J?

NÃO para aplicações críticas.

Após Desmontagem:

  • Alongamento plástico da rosca (perda de pré-carga)
  • Microtrincas invisíveis
  • Redução de resistência (~20-30%)
  • Corrosão iniciada em fissuras

Exceções (aplicações não críticas):

  • Inspeção visual rigorosa
  • Ensaio de dureza (verificar tratamento)
  • Teste de torque (verificar rosca)
  • Reduzir carga de projeto em 30%

8. Como calcular quantidade de chumbadores?

Método Simplificado (Tração):

N = (F_total × γ_f) / F_Rd,chumbador

Onde:
- F_total: Força total de tração (kN)
- γ_f: Fator de segurança (1,4 a 1,6)
- F_Rd,chumbador: Resistência de projeto por chumbador

Disposição:

  • Mínimo: 4 chumbadores (simetria)
  • Recomendado: 6-8 para bases críticas

Espaçamento:

  • Mínimo: 5× diâmetro entre chumbadores
  • Máximo: 15× espessura da chapa

9. Qual o torque de aperto correto?

Tabela de Torque para Chumbadores CA-50:

Diâmetro Torque (N·m) Torque (kgf·m)
M12 60 6,1
M16 150 15,3
M20 300 30,6
M24 520 53,0
M30 1.020 104,0

Condições: Rosca lubrificada, porca pesada, arruela plana.

Procedimento:

  • Apertar em 3 passes (30%, 60%, 100%)
  • Padrão cruzado (estrela)
  • Torquímetro calibrado (±3%)

10. Concreto fissurou próximo ao chumbador, é grave?

Depende da Fissura:

Fissuras de Retração (< 0,3 mm):

  • Normal em concreto jovem
  • Não compromete estruturalmente
  • Monitorar se há propagação

Fissuras por Carga Excessiva (> 0,5 mm):

  • Grave - indica sobrecarga
  • Reduzir carga imediatamente
  • Avaliar estruturalmente (engenheiro)
  • Pode ser necessário reforço

Fissuras Radiais (cone de ruptura):

  • Muito grave - início de arrancamento
  • Interditar estrutura
  • Avaliar reforço ou substituição

Ação:

  • Fissuras >0,3 mm: Preencher com epóxi injetável
  • Fissuras >0,5 mm: Avaliação estrutural obrigatória
  • Monitoramento com marcadores de fissura

Especificação e Compra

Informações para Cotação

Especificação Mínima:

Chumbador Tipo J
Diâmetro rosca: M20
Comprimento total: 800 mm
Material: CA-50
Tratamento: Galvanizado a fogo
Quantidade: 48 unidades

Especificação Completa:

Chumbador Tipo J conforme ABNT NBR 6118
Diâmetro barra: Ø20 mm
Diâmetro rosca: M20 × 2,5 (passo grosso)
Comprimento total: 800 mm
  - Comprimento ancoragem: 500 mm (25d)
  - Comprimento gancho: 240 mm (12d)
  - Comprimento exposto: 60 mm (rosca útil)
Material: Aço CA-50 (ABNT NBR 7480)
Resistência característica: fyk = 500 MPa
Raio de dobra: 60 mm (3d)
Tratamento superficial: Galvanizado a fogo 45-70 µm
Porca: Pesada M20 Classe 8 galvanizada (48 und)
Arruela: Plana M20 ISO 7089 galvanizada (48 und)
Quantidade: 48 conjuntos completos
Aplicação: Base de pilares metálicos (projeto XYZ-123)
Certificação: Certificado de aço (mill certificate)

Fornecimento CotaFix

Estoque Pronto:

  • M12, M16, M20, M24 galvanizados - 5-7 dias

Sob Medida:

  • Comprimentos especiais: 10-15 dias
  • Diâmetros especiais (>M30): 15-20 dias
  • Inoxidável: 20-30 dias

Entre em Contato

CotaFix - Fabricante de Chumbadores Industriais

📞 WhatsApp: Solicitar Cotação Chumbador J

📧 Email: contato@cotafix.com.br

🌐 Site: www.cotafix.com.br


Última Atualização: Janeiro 2025 Revisão Técnica: Equipe de Engenharia CotaFix Referências Normativas: ABNT NBR 6118:2014, ABNT NBR 7480:2007, ABNT NBR 8800:2008, ACI 318

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Sobre o Autor

👨‍🔬

Eng. Carlos Roberto Silva

Especialista Técnico em Fixadores Industriais

  • ✓ 15+ anos em especificação de fixadores industriais
  • ✓ Certificado em normas ABNT NBR ISO 898-1 e ISO 4762
  • ✓ Especialista em normas ASTM F568M para aplicações críticas
  • ✓ Membro ativo do Comitê de Fixadores da ABNT
  • ✓ Experiência em projetos automotivos, offshore e aeroespaciais

Formado em Engenharia Mecânica pela USP, Carlos atua há mais de uma década na especificação técnica de fixadores para aplicações críticas. Responsável pela validação de especificações técnicas na CotaFix, contribui regularmente para atualizações de normas brasileiras e internacionais.

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