Quais são os principais tipos de falhas em parafusos?
Os principais tipos são: 1) Fratura por fadiga (marcas de praia, propagação lenta); 2) Fratura frágil
(superfície granular, ruptura súbita); 3) Fratura dúctil (estricção, deformação plástica);
4) Corrosão sob tensão (fraturas ramificadas); 5) Fragilização por hidrogênio (fraturas intergranulares).
Cada tipo tem características visuais distintas que permitem diagnóstico.
Como identificar fratura por fadiga em parafusos?
A fratura por fadiga apresenta: superfície lisa na zona de propagação, marcas de praia (linhas
concêntricas), zona de ruptura final rugosa e granular, ponto de origem geralmente em concentrador
de tensão (raiz da rosca, mudança de seção). A fratura ocorre com cargas abaixo do limite de
resistência, após milhares ou milhões de ciclos.
O que causa a quebra de parafusos por fadiga?
Causas de fadiga em parafusos: 1) Pré-carga insuficiente (juntas soltas vibram);
2) Torque excessivo (tensão média alta); 3) Cargas cíclicas não previstas;
4) Concentradores de tensão (raio de concordância inadequado); 5) Material inadequado;
6) Tratamento térmico incorreto. A solução passa por corrigir a causa raiz, não apenas substituir.
Como prevenir falhas em parafusos de alta resistência?
Para prevenir falhas: 1) Especificar classe correta para a aplicação (8.8, 10.9, 12.9);
2) Usar torquímetro calibrado; 3) Aplicar revestimentos anti-corrosão (evitar fragilização por H2);
4) Projetar juntas com pré-carga adequada (70-80% do limite); 5) Evitar concentradores de tensão;
6) Implementar manutenção preditiva com inspeções periódicas.
O que é fragilização por hidrogênio em parafusos?
Fragilização por hidrogênio ocorre quando átomos de hidrogênio se difundem no aço, reduzindo
sua ductilidade. Comum em parafusos classe 10.9/12.9 após processos de zincagem eletrolítica
ou decapagem ácida. Sintomas: fratura súbita horas/dias após instalação, superfície intergranular.
Prevenção: tratamento de desidrogenação (4h a 200°C), usar revestimentos mecânicos (Geomet, Dacromet).